A palavra Lavanda vem do latim lavare, “lavar”. Foi um dos aromáticos preferidos dos romanos por causa de suas atividades balneárias. Eles devem ter introduzido a planta na Inglaterra, e desde então ela tem sido a grande favorita das mulheres.
Não se conhece nenhuma contraindicação para uso externo. Entretanto, evite o uso interno em casos de hematúria (sangue na urina) e úlcera péptica.
A lavanda é cultivada em muitos países europeus, mas o principal produtor é a França. O odor limpo e fresco da Lavanda não precisa de descrição, tampouco sua planta. A essência é muito usada em perfumaria, especialmente em águas de toalete, tendo ainda um odor extremamente popular. O óleo é límpido e tem um sabor amargo, mais ou menos suave. Ele combina bem com um grande número de essências, acrescentando uma leve suavidade floral a quase toda mistura.
A lavanda costuma ser considerada como a essência mais útil e versátil para fins terapêuticos. Tem uma ação tônica e sedativa sobre o coração (histeria, tensão nervosa, palpitações) e diminui a pressão alta do sangue. Ela é um suave analgésico local e acalma a excitabilidade cérebro-espinhal; é famoso por suas propriedades neurossedativas e tem se mostrado valiosa em uma série de distúrbios nervosos e psicológicos, incluindo depressão, insônia, enxaqueca, histeria, tensão nervosa e paralisia. Como uma analgésica e sedativa, é muito boa para dor de cabeça. É um tônico cardíaco e acalma os nervos do coração. Ela é muito boa para exaustão nervosa. Embora não seja realmente anti-inflamatória, a Lavanda costuma ser útil em casos de inflamação, daí seu uso em queimaduras, dermatites, eczema, psoríase, conjuntivite, cistite, diarréia, laringite e semelhantes. Na maioria dessas condições, suas propriedades antissépticas também são valiosas. É boa para emissões catarrais (leucorréia, bronquite, etc) e é também um analgésico suave, acentuando, seu valor na maioria das condições acima. É boa em dificuldades e dores reumáticas e musculares, e é ingrediente eficaz de óleo de massagem, especialmente para atletas e esportistas. A lavanda é um bom antiespasmódico (asma, bronquite), carminativo e estomacal (cólica, náusea, vômito, flatulência, dispepsia), especialmente quando essas condições estão associadas com problemas nervosos e emocionais. Suas propriedades antissépticas são especialmente úteis no combate à halitose, sendo um excelente antisséptico da pele. Pode ser usada em qualquer estado da pele (dermatite, eczema, acne, psoríase, etc.), sendo também eficaz contra determinados parasitas da pele (piolho, sarna). Tem se mostrado um remédio eficaz para alguns casos de alopecia areata e pode ser usada para todos os tipos de calvície, especialmente quando associada com problemas nervosos. Pode ser usada beneficamente em qualquer tipo de pele (oleosa, seca, sensível, acnéica) embora pareça trabalhar melhor em combinação com outras essências. É um excelente citofilático (regeneração das células da pele), e assim pode ser considerado como um agente rejuvenescedor da pele. Essa qualidade também explica porque a lavanda é provavelmente a essência mais eficaz para queimaduras. É um desodorante agradável e eficiente. Como anti-séptico-antiflogístico-cicatrizante, a lavanda é um dos melhores óleos para se usar sobre feridas inflamadas e infectadas e sobre úlceras. O óleo de lavanda é um excelente remédio para insolação e, preparado como óleo de massagem, pode ajudar a evitar queimaduras. Contudo, não é um filtro solar ou protetor eficiente, e não é suficiente para banhos de luz solar muito intensa. A lavanda é boa para lesões ulcerosas da córnea. Ela produz hipotensão arterial e diminui a tensão sanguínea superficial. O vapor de óleo de lavanda destrói pneumococos e estreptococos hemolíticos no espaço de doze a vinte e quatro horas. Ele tem uma baixíssima toxicidade.
É um remédio eficaz para crianças, especialmente tratando-se de cólicas, excitamento nervoso, irritabilidade, debilidade geral, afecções cutâneas e infecções em geral. A lavanda é particularmente útil para infecções do ouvido, nariz e garganta, sendo usada como alternativa da camomila em otites infantis. O óleo de lavanda é útil em diversos procedimentos durante o parto. Ele propicia um parto rápido sem aumentar a severidade das contrações. Ajuda a acalmar a mãe e, como água aromática, pode ser usado como compressa refrescante para a cabeça. Pode ser usado como óleo de massagem para a parte inferior das costas (o que também diminui as dores) e em compressa quente sobre o abdome. Como emenagoga, a lavanda é boa na escassez menstrual e pode ser usada contra as cólicas. É um excelente remédio para leucorréia, usado em duchas vaginais. Usado externamente, é um dos mais eficazes óleos para estimular a leucocitose. A lavanda deve ser considerada sempre que haja infecção, espasmo, inflamação ou distúrbio nervoso ou emocional. Os efeitos da lavanda são normalmente enfatizados pela mistura com outras essências. Quando usar a lavanda em situações inflamatórias, use apenas baixas concentrações (menos de 1%). Em altas concentrações, ela tem um efeito estimulante sobre a circulação. Quando usado para dores musculares, torceduras e entorses, dores reumáticas, etc., use de 2% a 4%. Quando usá-la em feridas inflamadas, úlceras e estados de pele ou inflamações similares pode ser melhor misturá-la com camomila. O banho de lavanda é refrescante, relaxante e, conforme o caso, quase sempre terapêutico. Aquece o coração, estabiliza as emoções e se constitui em um excelente banho para os que têm dificuldade para dormir.
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